Classe de modernização do Ministério das Finanças=

Modernização do Ministério das Finanças

Aprendo imenso com os nossos clientes governamentais e especialistas em governação. Os participantes no Comité de Direção Internacional do FreeBalance 2019 (FISC), vi-me a escrever furiosamente para tomar notas (e para tweetar). Altos funcionários públicos, nomeados pelos seus governos, partilharam observações sobre a modernização do Ministério das Finanças. Foram apresentadas lições de outros países, articuladas durante os workshops e debates.

A maioria dos países está a passar de Ministérios das Finanças tradicionais, emergentes e modernos. Foram discutidas em pormenor 12 dimensões da modernização. Os nossos clientes puderam dar mais detalhes sobre outros sinais de modernização

Como é que os Ministérios das Finanças tradicionais e modernos abordam a gestão das finanças públicas?

  • Da não utilização, ou utilização limitada, de instrumentos normalizados de diagnóstico da gestão financeira
    • TO alavancar avaliações de GFP como PEFA, PIMA, TADAT, OBI e relatórios de auditoria para informar as prioridades da reforma da GFP
  • Da reforma liderada pelos doadores (com custos de transação carateristicamente elevados)
    • A reforma liderada pelo país que impulsiona as contribuições dos parceiros de desenvolvimento
  • Do enfoque do Ministério na gestão das receitas, das despesas e da dívida apenas para
    • Identificar a forma de melhorar o valor económico acrescentado para os cidadãos e as empresas através dos serviços públicos
  • De demasiadas intervenções financeiras e económicas públicas para alcançar a eficácia
    • TO um conjunto específico de intervenções governamentais para melhorar a prosperidade
  • Da falta de visibilidade das receitas, da dívida, das empresas públicas ou dos governos subnacionais
    • Visibilidade global e atempada de todas as questões financeiras da administração pública através de relatórios consolidados
  • Das práticas de GFP como cerimónia
    • Práticas de GFP concebidas para melhorar a eficácia do Ministério

Quais são as diferenças entre os processos de planeamento orçamental tradicionais e modernos?

  • Do planeamento orçamental não-estratégico, tipicamente a orçamentação incremental anual
    • TO planeamento estratégico com cenários e previsões
  • Da estrutura organizacional à orçamentação com alinhamento limitado aos objectivos nacionais
    • TO orçamentação baseada em programas e em resultados ligada a objectivos nacionais
  • A partir do orçamento anual, com uma modelação limitada das iniciativas plurianuais
    • TO abordagem completa a médio prazo, incluindo os QDMP
  • De numerosas inserções orçamentais políticas, incluindo barril de carne de porco iniciativas de despesa
  • Do orçamento aprovado meses depois do ano fiscal, ou nunca (como acontece com resoluções contínuas nos Estados Unidos)
    • Para que os processos orçamentais sejam eficientes, seguindo o calendário orçamental
  • Da falta de orçamentos credíveis que resultam em despesas excessivas e pagamentos em atraso, fraca previsibilidade das receitas e despesas, com necessidade de orçamentos suplementares
    • TO que utiliza informações sobre tendências, planeamento de cenários e factores de custo para uma elevada previsibilidade
  • De classificações orçamentais e contabilísticas distintas e não relacionadas
    • TO um único plano de contas consolidado para classificações orçamentais e contabilísticas
  • A partir de orçamentos separados de capital, funcionamento, desenvolvimento e salários
    • Elaboração integrada do orçamento, incluindo o alinhamento com o planeamento da dívida

Quais são as diferenças entre os processos de execução orçamental tradicionais e modernos?

  • Dos controlos orçamentais por rubrica controlados centralmente pelos Ministérios das Finanças
    • TO controlos orçamentais agregados descentralizados para os ministérios sectoriais
  • De uma fraca sustentabilidade da dívida e da tesouraria
    • Para uma gestão eficaz da liquidez
  • Da má gestão de tesouraria e do apoio a centenas de contas bancárias, na sua maioria controladas pelos ministérios da tutela
  • De despesas ineficientes devido a processos manuais que levam à subutilização dos orçamentos
    • TO despesas eficientes através da automatização
  • Da limitada transparência orçamental
    • transparência orçamental atempada, incluindo a publicação de auditorias
  • De departamentos de auditoria subfinanciados e centrados na conformidade
    • TO departamentos de auditoria bem financiados e centrados no desempenho para melhorar a eficácia
  • De processos de contratação pública ineficazes
    • TO processos de aquisição eficazes através da automatização e da transparência, incluindo o aumento do número de concorrentes para reduzir os custos e apoiar programas de gestão de despesas
  • De critérios de valor não relacionados com os objectivos nacionais em matéria de contratos públicos, ou orientados para o preço mais baixo
    • Critérios de relação qualidade/preço nos contratos públicos ligados a objectivos nacionais
  • De concursos não competitivos em que os governos pagam preços mais elevados do que as empresas
    • Para contratos públicos altamente competitivos com muitos proponentes, complementados por processos de incentivo às empresas locais

Quais são as características dos recursos humanos da administração pública tradicional e moderna?

  • Poucas promoções e contratação frequente de pessoas externas para ocupar cargos superiores
    • TO promover ativamente os funcionários públicos através de programas de gestão de talentos e de desenvolvimento de capacidades, incluindo o subsídio à educação
  • Da utilização de contratantes para preencher funções operacionais
    • TO: recorrer aos contratantes para aconselhamento, orientação e reforço das capacidades (incluindo a inclusão do reforço das capacidades nos contratos)
  • Da elevada rotatividade dos funcionários públicos
    • TO onde os funcionários públicos constroem carreiras na administração pública
  • De muitos lugares por preencher
    • A um serviço público dotado de todos os efectivos
  • Do governo como empregador de último recurso
    • TO governo como o empregador preferido e o serviço público visto como um contributo para a sociedade

Tópicos

Contacto