Há uma nova forma de trabalhar: O "futuro do trabalho". Trata-se de um conceito estimulante e em evolução que redefine os actores e os motores da força de trabalho. Faz parte de uma tendência mais alargada, conhecida como disrupção digital, e irá desafiar a forma como pensamos e trabalhamos. Considero a disrupção digital um tema fascinante porque é, de facto, uma faca de dois gumes. Embora a tecnologia, como a robótica e a inteligência artificial, ajude a simplificar e a automatizar processos, pode vir a substituir empregos no futuro. Também cria lacunas na cibersegurança e na vigilância. Há muito poder intelectual concentrado na forma de lidar com a segurança cibernética, física e financeira no mundo empresarial, uma vez que tudo se está a tornar digital.
Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) está integrada na nossa vida quotidiana há já algum tempo. Não tem de assumir a forma de um holograma galáctico espacial, como nos filmes de ficção científica. Pode ser tão simples como pedir ao seu smartphone para procurar informações: "Siri, procura o Bill Gates no LinkedIn?" O Siri é uma ferramenta de inteligência artificial, também conhecida como aprendizagem automática, que evoluiu substancialmente nos últimos anos. As ferramentas de IA são óptimas para tomar decisões precisas, mas menos para lidar com os sentidos e as emoções. Embora a Siri possa ser útil para encontrar informações, pode não conseguir distinguir se está triste ou feliz, para já.
A inteligência artificial no local de trabalho é ainda mais fascinante devido à sua pegada subtil. Ouvimos falar de IA, mas será que sabemos realmente como é utilizada? Por exemplo, existe um conceito interessante chamado Algorithm HR. As empresas utilizam ferramentas de inteligência artificial para automatizar os processos de contratação. Um artigo no Harvard Business Review sugere que o software é 25% melhor a contratar do que os humanos. Trata-se de um número impressionante, tendo em conta a dificuldade de encontrar talentos e de os recrutar.
Robótica
A robótica representa, de facto, uma ameaça para alguns mercados de trabalho, especialmente para a mão-de-obra pouco qualificada. No entanto, cria um impulso para "elevar a fasquia" na educação e nas competências. Os conhecimentos STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) já são utilizados em "75% das profissões com crescimento mais rápido". Accenture a investigação mostra que as pessoas estão a adoptar as ferramentas digitais e que 71% dos trabalhadores estão a aprender novas competências digitais. Além disso, o futuro do trabalho não passa necessariamente por pessoas a competir com robots, mas mais sobre as pessoas que utilizam as máquinas para fazer um trabalho mais interessante e gratificante. Em última análise, isso conduzirá à criação de novas oportunidades de emprego e alimentará o nosso espírito empresarial!
Segurança
A questão mais óbvia da interconectividade e do crescimento da alta tecnologia é a segurança. No mundo real, é possível ter cuidado com os criminosos sendo "esperto na rua"; a Internet é um abre-te sésamo sem lugar para te esconderes. À medida que a digitalização transforma o local de trabalho, os administradores e as pessoas precisam de proteger os dados de possíveis piratarias, ciberespiões, explorações e vigilância governamental. Enquanto estivermos ligados, precisamos de ser protegidos.
Seguir em frente
Como se pode ver, a disrupção digital é real. Quer seja boa ou má, veio para ficar. A tecnologia está a evoluir à velocidade da luz e está a mudar completamente os nossos ambientes no trabalho e em casa. A capacidade de nos adaptarmos a estas novas mudanças será o derradeiro teste à nossa capacidade de resistência a um novo mundo digital.